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O Futuro é Humano

Atualizado: 18 de set.

Marketing nas mãos erradas vira manipulação, mas marketing com propósito transforma.




Certo dia me peguei muito reflexiva sobre onde o marketing iria parar…logo eu, gerente de marketing, estrategista há mais de uma década, trabalhei com centenas de segmentos diferentes, ajudei a estruturar e expandir negócios e times, negociei com empresários de todos os tipos… De repente, lá estava eu refletindo sobre o futuro do marketing e da minha profissão.


_ E confesso: a pergunta que mais ecoava na minha cabeça era essa:

            Será que tudo isso ainda faz sentido?

Nos últimos anos, tenho diminuído meu tempo online, viro os olhos quando percebo que certas campanhas que poderiam conectar, emocionar, gerar algo verdadeiro, estão totalmente aprisionadas em templates de venda.


Quando vejo um anúncio ou campanha, até mesmo na própria Disney +, que parecia ser um oásis, já me entrega anúncios que, nos primeiros 5 segundos, eu já sei onde vão terminar.


Na metade do enunciado já penso em 3  possíveis finais para a famosa “chamada de ação”. 


Será que era somente eu que estava cansada de tudo aquilo, que não via mais graça e personalidade nas campanhas? 


Será que mais alguém também sente falta da essência?


A resposta veio como um alívio, ao conversar com outros empresários, procurar por artigos e até mesmo postagens de desabafos, me deparei com um mar de pessoas se desconectando, percebi um movimento silencioso (e lindo):  Pessoas fazendo detox digital, saindo para encontros nos parques, passeios em  museus, indo à festivais, se inscrevendo em clubes do livro!


 Buscando o ar puro da vida real.


 Justamente agora com o avanço da tecnologia, em um mundo cheio de  IAs, conteúdos onde robôs estão falando com robôs nas redes sociais! 


O que aconteceu com o atendimento humanizado? 


Não há nada mais frustrante do que precisar resolver algo simples e ter que passar por cinco etapas de automação.


A resposta que me atravessou


Quando recebi o convite da Raquell para escrever este artigo em seu blog, logo perguntei qual seria o tom a ser usado, a identidade, estrutura… Super natural para quem trabalha com comunicação. 


 Mas a resposta dela foi como se uma luz transpassasse dentro de mim: 


“Minha amada, eu quero ouvir o que você tem a dizer, fale do seu jeito assim como me contou sobre suas percepções como mulher e empresária, escreva um texto compartilhando suas experiências”. 

Uauuu!!!!  É exatamente sobre isso que venho falando há tantos anos! 


Precisamos desenvolver conteúdos, estratégias e campanhas de negócio de forma verdadeira! Somos pessoas criando soluções para pessoas! 



Onde foi parar a autenticidade, a essência?


Quando o que todos fazem é seguir um script de lançamento, um modelinho engessado cheio de regrinhas de faça isso e tenha X dígitos na conta”. A consequência chega cedo, e podemos perceber em campanhas frias, agressivas e totalmente desconexas!  


Quando foi que todo mundo virou expert em marketing?

E o pior: quando isso começou a nos afastar da essência?



O marketing perdeu a graça?


Quando todo mundo sabe e opina sobre tudo, quando o marketing virou piada e tantos charlatões passaram a manipular as pessoas… entre fórmulas, IAs e scripts prontos, nos acostumamos com o conteúdo raso.


 A ideia agora é consumir mil coisas nos primeiros 20 minutos do dia. Talvez o segredo seja mergulhar numa banheira de gelo às 5h da manhã só pra provar que “sou eu quem manda no meu cérebro”.


 Ou não?


E se você acorda às 7h, vai abrir o Instagram e ver que alguém já correu 12km, leu um livro, fez duas refeições, treinou e ainda te ensina como otimizar o seu dia.


Aí você se sente... inútil. Pois sua rotina é totalmente diferente e você está se dedicando a outras prioridades.




Nada contra quem optou por esse estilo de vida.  Mas por que colocamos todo mundo na mesma bolha?


A era dos “tem que”


A internet está cheia de “tem que isso”, “tem que aquilo”, essa sobrecarga mental nos afastou da leveza. Perdemos a essência como um todo e isso reflete em nós mesmos, no que consumimos e compramos. 


Eu sou louca por séries de época como Outlander, Downton Abbey, Anne with an E.  Nessas histórias que são passadas de gerações em gerações se transformando em tradições de família, há hierarquia, um certo orgulho e pertencimento ao seu núcleo familiar e tempo — sim, o tempo tem espaço para respirar.


As coisas acontecem num ritmo lógico, com pausas e profundidade.


Já reparou nos desenhos de antigamente?


Pequeno Urso (Little Bear) por exemplo, foi lançado originalmente em 1995. Ele é baseado nos livros infantis escritos por Else Holmelund Minarik e ilustrados por Maurice Sendak, era didático, leve, com cores suaves, cheio de lições e conexões.

 

Tudo fluía no tempo certo.


Os desenhos de antigamente tinham histórias com começo, meio e fim, uma certa lógica nos acontecimentos e calma para que cada coisa acontecesse…


Hoje, os desenhos são hiperestimulantes para prender a atenção das crianças, com cores berrantes, cortes secos e transições de cena super rápidas! Os estímulos são incessantes!


E o resultado disso: ansiedade, hiperatividade e falta de foco.


Estamos fritando nossos cérebros e fazendo o mesmo com nossas crianças! 


A reconexão silenciosa


Mas algo novo (e antigo) está surgindo. 


Atualmente estamos percebendo uma mudança no comportamento das pessoas, tenho acompanhado alguns psicólogos sérios falando sobre a nova tendência da geração Z, a mesma geração que:


  • Consumiam diariamente posts superficiais, 

  • Se comparavam diariamente com o estilo de vida das celebridades,

  • Eram viciados em vídeos curtos com cortes rápidos

  • E que compravam tudo o que viam pela frente.


Agora buscam o que é profundo.


  • Buscam por plataformas menores de interações, 

  • Estão fazendo detox das redes sociais, 

  • Estão se nutrindo de conteúdos completos em newsletter, blogs, eBooks

  • Buscam por livros, 

  • Buscam por conexão com a natureza: descobrindo novos esportes, ar puro, contato humano! 

 

E isso, claro, está resgatando as gerações anteriores também despertarem para o que é essencial.


Queremos conteúdo que toque. Que nos respeite. Que nos represente.


Esse movimento tem nome:


Marketing sensorial. Marketing de relacionamento. Marketing com alma.


O público quer ser ouvido, visto, lembrado.

Quer conexão! 

E isso é muito diferente de sentir que tem um cifrão impresso na testa.


As ferramentas de marketing na mão de pessoas erradas geram campanhas agressivas e manipuladoras! Toda ação precisa ter sentido, um propósito! 



Um case com alma 

Branding com afeto: o case do abraço da marca

 

Recentemente, planejei uma ativação de marca com baixo investimento disponível para ser aplicado. 


A empresa queria marcar presença em um evento com público B+, estariam consumindo uma palestra por algumas horas.


Pensei: “Essas pessoas estarão saturadas de informação.”


 O que elas precisam?


 Conforto. Cuidado. Acolhimento.


Então desenhamos a estratégia dentro do conceito de  “abraço da marca”.

            Um café, chá, um biscoitinho, um bombom. 

            Um bilhete. 


 Sem abordagem. Sem vendedor. Uma recepcionista.


Apenas experiência.


E junto, um mimo: uma caneta com a logomarca da empresa.


Sabe por quê?


Porque em algum momento ela vai usar e vai se lembrar de como se sentiu ali. 


Estamos fazendo com que aquela pessoa sinta novamente o que sentiu quando tomou aquela bebida quentinha, ativamos a memória de aconchego. 


Ah se os empresários entendessem que branding vai muito além de métricas mensuráveis. Desenvolver uma marca forte está mais ligado a entender de pessoas do que diversos certificados emoldurados na parede.


A empresa não irá vender diretamente naquele dia, porém ficou registrado na lembrança afetiva a empresa e a sensação


Posteriormente, essa pessoa pegará na caneta ou verá um anúncio da empresa nas redes sociais — e estará aberta a nos ouvir!


Isso é branding. 

Não é sobre métrica, investimento aplicado ou venda imediata. 

É sobre memória afetiva.


Obviamente eu sou muito grata pelo avanço da tecnologia, IAs e automações… são incrivelmente maravilhosas em nossa rotina, principalmente na medicina — que tem salvado vidas! Porém, não podemos perder a mão e esquecer daquilo que realmente importa! 


O futuro é (mesmo) humano


Acredito profundamente em usar o poder da comunicação para criar conexões reais.

E para isso não precisamos gritar, precisamos tocar.


Marketing nas mãos erradas vira manipulação, mas marketing com propósito transforma.

Estou amando escrever para você leitor(a),

Nos imaginando sentados numa cafeteria charmosa.

Café quentinho, bolo de fubá com goiabada, música suave ao fundo.


Você sente isso?


É disso que estou falando.


As pessoas estão buscando sentido.


E nós, profissionais de marketing, empresários (as), temos o dever de devolver isso a elas.  


Vamos construir e fortalecer a nossa comunidade com essência e valores reais. 

Vamos usar a beleza e o poder do marketing para levar a nossa voz para o mundo! 


Vamos juntos nessa?



Com amor, 


Maine Godoy 




Conheça nossa escritora


Maine Godoy
Maine Godoy

Movida por propósito, transformo visão em ação e marcas em valor percebido. Lidero com estratégia, consistência e pensamento analítico. Mulher de fé, em constante evolução, esposa, mãe e empresária — atuo com intenção e paixão genuína pelo que faço.


Conecte-se comigo!




Vozes Convidadas


Bem-vinda à nossa coluna de escritoras convidadas.


De tempos em tempos, abro este espaço para vozes que admiro — pessoas que expandem, provocam e inspiram.

Aqui, a palavra ganha corpo, não apenas como ideia, mas como presença que transforma.


Que esta coluna de escritoras convidadas seja sempre um lembrete de que a nova economia espiritual é feita em partilha.


Com enorme carinho,

Raquell Menezes




🌀 Transforme insight em ação


O futuro é vibracional. O agora também. Se este post foi tua primeira entrada neste campo, deixa eu te mostrar o próximo passo da Nova Economia Espiritual.






Nota Sagrada (porque "disclaimer" é muito 3D, né?):


Este texto reflete a experiência pessoal da escritora. Não substitui aconselhamento psicológico, médico, tecnológico ou financeiro.

Se precisar, procure um profissional de confiança.

Aqui compartilhamos liberdade vibracional, não receita universal.

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