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Família, pátria e a programação da escassez

Atualizado: 17 de set.

Às vezes, o ato mais espiritual que você pode fazer é dizer: basta.



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Este post não é para quem cresceu numa casa cheia de abraços, diálogos saudáveis e respeito mútuo. E nem é um ataque à família.


Este post é para você que cresceu numa família disfuncional.


Talvez tenha ouvido mais gritos do que palavras de afeto.

Talvez tenha sido alvo de violência — verbal, emocional, física e/ou sexual —, chantagem emocional ou manipulação, inclusive financeira.

Talvez tenha sentido na pele abusos ainda mais graves — e aprendeu cedo demais a normalizar o insuportável.


É sobre esse terreno instável que quero falar hoje.


A frase que me atravessou

“Família é a maior prisão da humanidade.” — Osho

A primeira vez que ouvi essa frase, algo em mim tremeu.


Não era novidade para o meu corpo. Era só o reconhecimento de uma verdade que eu já carregava silenciosamente.


Porque, sim, por mais que existam famílias cheias de amor, o sistema usa a família como engrenagem de obediência:

· trabalhar duro para “fazer pelos seus”;

· engolir abusos em nome do “respeito”;

· aguentar um casamento falido pelos filhos;

· viver preso em lealdades invisíveis que não sustentam, apenas drenam.


Quando a família não é lar, mas prisão


Eu sei como dói.

Muitas de nós crescemos acreditando que “família é tudo”, mas ninguém avisou que, às vezes, esse “tudo” pode significar chantagem, violência verbal e um amor condicional que sufoca mais do que abraça.


Eu mesma precisei rasgar laços que me aprisionavam para voltar a respirar.

Não foi fácil. O sistema ensina que se você rompe, é ingrata. Que se você diz “não”, é egoísta.


Mas sabe o que eu descobri? Às vezes, o ato mais revolucionário que uma mulher pode cometer é romper com a lealdade tóxica e escolher a si mesma.


Não que não exista amor. Existe.

Mas também existe controle.

Existe manipulação.

Existe o peso invisível que o sistema reforça para nos manter dóceis:

“aguente calada, afinal é sua mãe… seu pai... seus irmãos… sua família”.


Minha travessia (e a de tantas outras mulheres)


Foram 13 anos de terapias, constelações, rituais e estudo para entender o meu papel dentro do meu sistema familiar.

E ainda assim — a parte mais difícil foi admitir.


E eu não falo de um admitir raso, aquele “ok, eu sofri”. Não. Eu falo do admitir que vem quando você consegue nomear a dor com todas as letras. Porque enquanto você não nomeia, você segue sobrevivendo no automático, chamando de “normal” o que nunca deveria ter sido normal.


Admitir é rasgar o véu da ilusão. E esse véu, muitas vezes, foi a nossa única forma de sobrevivência por anos.

E leva tempo, amor. Levou anos para mim.


  • Admitir que aquele parente “brincalhão” era, na verdade, um abusador.

  • Admitir que a mãe que você tanto ama pode ter traços narcisistas, e que o amor dela vinha sempre condicionado.

  • Admitir que o silêncio frio não era “mau humor”, mas punição psicológica.

  • Admitir que aquele irmão não era só “difícil”, mas alguém que praticava violência verbal.

  • Admitir que ser cobrada eternamente por dinheiro ou favores não é “responsabilidade natural”, mas manipulação financeira travestida de dívida eterna.

  • Admitir também que, muitas vezes, aquilo que a gente chamou de “ajuda” ou “disciplina” foi, na verdade, exploração. Quantas crianças e adolescentes — eu entre elas — foram levadas do interior ou de famílias vulneráveis para “morar com alguém” em troca de teto, comida e escola? Só que a condição era clara: trabalhar. Cuidar da casa, passar, limpar, obedecer. E a gente cresce acreditando que foi “cuidado”, que foi “o certo”. Mas não foi. Foi trabalho infantil mascarado de amor. Foi um tipo de escravidão silenciosa, normalizada pela sociedade. Nomear isso também dói. Mas é necessário. Porque enquanto não chamamos pelo nome, seguimos carregando como se fosse gratidão. Como se devêssemos uma dívida eterna.

  • Admitir que até os momentos de carinho podem ser ridicularizados — sabotagem emocional, uma forma de dizer: “não se sinta digna nem especial demais”.


Admitir tudo isso é reconhecer que até a vergonha por receber amor pode ser programada — e essa vergonha, muitas vezes, sustenta o próprio programa da escassez.


O que vi nesses quase 30 anos de jornada


Não é só comigo. Trabalhando com milhares de mulheres (e homens também), vi de perto:

  • Mães narcisistas que faziam seus filhos se sentirem como nada.

  • Famílias manipuladoras financeiramente, tratando o filho que prospera como banco.

  • Favoritismos escancarados, fazendo por um filho e ignorando o outro.

  • Violências silenciosas, desde abusos emocionais até sexuais, normalizadas pelo silêncio cúmplice.

  • E um fio quase invisível que prende muitas mulheres: a chamada “gratidão infinita”.

Quando alguém da família fez algo por você no passado e usa isso como justificativa para controlar toda a sua vida presente. Como se cada conquista sua fosse “graças a eles”. Como se cada decisão tivesse que passar pelo crivo da dívida eterna.


Só que amor de verdade não cobra pedágio. Apoio real não exige fidelidade cega.


Essa gratidão imposta é só mais uma corrente disfarçada de afeto.


Uma escolha pessoal que reverbera no coletivo


Minha terapeuta me disse há seis anos atrás:

romper vínculos familiares tóxicos não é apenas uma escolha individual. É um ato político. É um ato espiritual.

E eu concordo, pois quando uma mulher decide não mais negociar sua liberdade com narrativas herdadas, ela não apenas se liberta — ela abre um portal de abundância para todas que vierem depois.


É isso que eu chamo de autoeconomia vibracional:

Não há sistema — familiar, religioso ou estatal — que possa subjugar uma consciência determinada a expandir-se.




Ah, já se inscreveu no meu Substack? É uma plataforma voltada para escritores e tenho gostado de explorar. https://substack.com/@raquellmenezesoficial?



O que a nova geração já está mostrando


Geração Z e Millennials cresceram aprendendo a nomear o que antes era invisível — manipulação emocional, chantagem familiar, padrões tóxicos.


Enquanto muitas de nós levamos anos mergulhadas em terapia para entender esses sinais, eles já chegam com o vocabulário necessário para quebrar essas correntes mais cedo.


Pesquisas brasileiras reforçam isso: um estudo da Deloitte com 817 jovens mostrou que 48% da Geração Z e 46% dos Millennials não se sentem financeiramente seguros, e mais de 80% consideram essencial que seu trabalho tenha propósito e preserve seu bem-estar deloitte.com.


Isso é importante para a nossa linha de negócio — porque é comum ver empreendedoras sacrificando a própria segurança financeira em nome de laços tóxicos. Vi mulheres iniciando seus projetos, quase alcançando lucro, só para injetar dinheiro em família problemática.


Quando quem cria energia também se sacrifica sempre, o campo trava.

(E aqui um ponto importante: eu sou da Geração X, nascida em 1975. A minha geração cresceu ouvindo que “família é tudo” e que romper vínculos era ingratidão. Foi preciso mais de uma década de terapias, constelações e rituais para que eu conseguisse nomear a dor e me libertar desses contratos invisíveis. Já a Geração Z, nascida a partir de 1997, cresce com outra linguagem: eles cortam laços tóxicos muito mais cedo e sem tanto medo. Eles já entendem que amor não é prisão — algo que a minha geração ainda está aprendendo a sustentar na prática).


Eles mostram que autocuidado não é rebeldia — é base para prosperar de corpo, mente e alma.


E se for o teu caso?


Se você cresceu numa família disfuncional, se foi vítima de violência ou chantagem, se ainda hoje negocia sua liberdade em nome da “lealdade”…, talvez o teu próximo salto de abundância esteja em romper.


Às vezes, isso significa limites claros.

Às vezes, significa distância geográfica.

E sempre, sempre, significa escolher por si.


Romper não é negar o amor.

É negar a prisão.

É dizer: eu não vou mais investir a minha vida em um sistema que escolhe a violência e a manipulação como moeda de troca.


E, sim, é um processo. Tem dias que dói pra caramba.


Romper com familiares tóxicos não é leve nem linear — é um luto vivo. Eu tenho vivido um dia de cada vez. Mas, nesses últimos anos, descobri algo que mudou tudo: eu posso ser para mim o colo que não chegou.

Posso ser a amiga que ouve, a irmã que apoia, a mãe que cuida. O pai que resolve.


Tenho aprendido a ser o ouvido, o abraço, a presença que eu sempre esperei deles. E isso, mais do que um alívio, é uma revolução silenciosa.

Porque quando você aprende a ser o seu próprio pilar, não existe mais abandono.

Existe presença.


Com carinho,

Raquell Menezes







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Este texto reflete minha experiência pessoal e espiritual. Não substitui aconselhamento psicológico, médico, tecnológico ou financeiro.

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